A crise financeira internacional foi
desencadeada nos Estados Unidos, a partir da expansão do mercado imobiliário
daquele país, iniciada em 2001, da fartura do crédito e da decisão do FederalReserve (FED) - o Banco Central americano - de diminuir os juros e incentivar
empréstimos financeiros para fazer consumidores e empresas gastarem mais. Esse
cenário aumentou a especulação financeira, e consumidores passaram a
comprar casas não somente para ter um imóvel, mas também para fazer
investimentos, revendendo a moradia a preços mais altos, tudo com dinheiro de
empréstimos e crédito de bancos, empresas hipotecárias e financeiras.
A sua chegada em Cabo Verde
Com uma economia aberta dependente do exterior, particularmente do espaço
europeu, Cabo Verde está a sentir os efeitos da crise financeira
internacional. A crise tem tido impacto em Cabo Verde desde 2008 mas país
continua a apostar na sua principal fonte de rendimento o turismo.
Um país onde muitas famílias sobrevivem das remessas dos familiares que
trabalham no exterior. Essas famílias sentem na pele o peso desta crise. É o
caso da Adriana Silva mãe de três filhos que sustenta a família com a remessa
do marido que vive em Portugal. Segundo ela desde 2008 a situação só piorou, e
as coisas estão cada vez mais difíceis visto que o marido não tem mais um
emprego estável e as remessas vem se diminuindo.
As medidas de austeridade
adoptadas pelo governo
Curiosamente, entre os Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP), Cabo
Verde é considerado o país que possui as instituições políticas democráticas
mais sólidas, reconhecido como um dos exemplos africanos no processo de
desenvolvimento econômico e político, algo destacado no Prêmio Ibrahim de 2011de boa governação, concedido ao ex-presidente Pedro Pires por sua contribuição
para a democracia, estabilidade e desenvolvimento.
O plano governamental para o próximo ano inclui uma reorganização das
missões diplomáticas de Cabo Verde. Isto significa que o governo pode
fechar algumas representações no exterior, uma outra medida para reprimir os
custos do orçamento estatal. Portanto, um redimensionamento na diplomacia
cabo-verdiana, o que implicará o fechamento de missões no exterior.
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