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sábado, 16 de junho de 2012

PRISÃO PERPETUA HOSNI MUBARAK

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, de 84 anos, foi condenado  à prisão perpétua pelo Tribunal Penal de Cairo, que o declarou culpado pela morte de manifestantes durante a revolta popular que levou à sua renúncia em fevereiro de 2011.

Também foi condenado à mesma sentença o ex-ministro do Interior do governo de Mubarak, Habib al-Adli, pela mesma acusação, enquanto seis de seus ajudantes acabaram absolvidos por não haver provas indubitáveis de sua implicação, segundo o tribunal.
A Promotoria havia pedido a pena de morte para o ex-presidente, acusado de ter ordenado disparos contra os participantes dos protestos que eclodiram em 25 de janeiro de 2011.

Por outro lado, a corte, presidida pelo juiz Ahmed Refaat, absolveu dois filhos de Mubarak, Alaa e Gamal, e o empresário Hussein Salem, processado à revelia, das acusações de enriquecimento ilícito e danos aos fundos públicos por considerar que esses delitos prescreveram.

A sentença do ex-ditador foi acolhida com tumultos, no tribunal. Muitos consideram a pena de prisão perpétua ligeira: a acusação tinha requerido a pena de morte para Hosni Mubarak.
Aos 84 anos, Mubarak é o primeiro dos dirigentes depostos pela Primavera Árabe a comparecer pessoalmente em Tribunal.
O veredicto surge entre as duas voltas das primeiras eleições presidenciais, no Egipto.

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